quarta-feira, 2 de abril de 2008

A vida é breve

O tempo me escorre pelas mãos.
Cruel, os minutos disparam balas como canhões.
Uma vida nunca será suficiente para encontros e despedidas.
E quiçá, para esbarrar com a felicidade verdadeira.
Não me oponho à vida.
Mas porque tem que ser tão breve, tão breve?
Serei cobrada por tudo que fiz?
E o que não fiz?
Não há mais tempo para fazê-lo.
Não fui capacho.
Não sou um bêbado.
Não sou vulgar.

Só tenho sonhos de menina moça.
Inalcançáveis, exorbitáveis,
Ridículos sonhos de menina moça que não sou mais.
Ainda assim, o tempo me escorre pela mãos, e como bem sabes, a vida é breve.

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