terça-feira, 22 de setembro de 2009

Blecaute

Encontrar a minha voz..
Este é o meu destino por estes dias...
A palavra está assustada e resolveu se recolher.
Eu a respeito e a entendo.

As coisas precisam de tempo para se entenderem

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Bienal do Rio

No dia 19, ás 11 da manhã estarei na Bienal divulgando meu livro "O Menino que queria chorar estrelas"





Ficaria feliz de vê-los por lá!

Pavilhão Azul,Stand GO3.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Única

Inventar dias claros

Inventar dias claros
Pra fugir da solidão.

Esta solidão que é tão densa e profunda
Que cega as entranhas, que fecha as fendas da saída...

Inventar dias claros e se surpreender com os efeitos.
Se vou por ali, tenho a mínima chance de que o amor dê certo
Para quem espera companhia
Esta é uma terrível profecia.

Do homem que emudece de medo
De medo de errar...
De medo de amar...

Se vou por ali tenho a mínima chance de nunca mais voltar.

E se a porta é só de saída, como vou inventar dias claros
Pra distrair minha rotina?

Como vou parecer infeliz no dia do julgamento final?

Se vou por ali, vou por ali simplesmente
Porque assim estava escrito nas linhas das minhas mãos.

É inexplicável a beleza das pessoas
Assim como suas decisões.

Se vou por ali, é porque simplesmente
As andorinhas me apontaram o caminho.

Se haverá guilhotinas, somente com passos saberei dizer.
Se haverá tristeza, tampouco me importa, não acredito em provocações.
Se haverá dor, antes que eu perceba, o corte será dado.

E aí, então, estarei ali mesmo.

Simplesmente parada, desabrochando de imaginação.
Imune.
Impregnada de melancolia e inércia.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Natureza Feminina

Rosa orvalhada

Desce a mão pelas minhas coxas...
Desce...
E não faça piadas com minhas risadas imprevisíveis
A minha ansiedade última
consiste que abras essa porta
para que eu me desfaça trêmula, em suas mãos.

Desce a mão pelas minhas coxas ...
desce...
e enquanto o fogo arde sem estranhezas
te lembro baixinho de sugar a sua rosa orvalhada.

Sem escapatória,me desfaço numa oração sem sobressaltos:

Que isso nunca se acabe...
Que isso nunca se acabe...
Que isso nunca se acabe...