sábado, 4 de outubro de 2008

Descalço na escuridão

Espera

Se tu queres me amar, venha logo, pois estou te esperando...

Espero-te, contando as intermináveis horas que envolvem
o véu do meu pensamento, como espadas pungentes a pesar sobre meus ombros.

Espero-te, com uma virgem ansiosa pelo dia em que,
finalmente terá seus desejos saciados.

Porque somente tu, poderás romper a barreira imposta por mim mesma.
de cercas e fortes tempestades.
De relâmpagos que cortam o céu e da carne com feridas expostas.

Venha para mim...

Sou tua desde o início dos tempos.
Amo-te desde o ventre da tua mãe.

Venha para mim neste dia com cheiros de magnólias
e nuvens cinzas.

Venha, como venhas.
Estou te esperando.

Enquanto não chegas, sigo fazendo poesia.