quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Agridoce

Saio por aí a esmo e dou de falar docilidades
Nestes tempos difíceis e áridos, não encontro espaço para focos de afeto.
Me desmancho em lembranças e pequenas tragédias
Me perco nas essências e esquinas e compro com respeito a formula da liberdade.
Vende-se nos supermercados ou na drogaria mais próxima de você.
Não quero a esquisitice desses dias modernos.
Não quero me adoentar na exuberância dos meus não escritos
Naquilo que guardo atrás das retinas, no intimo das minhas segregadas dores
Amanheço delicadezas, sonho meninos de mãos dadas e seu sorriso acabrunhado me persegue nos lençóis e nos pontos coletivos.
Planto girassóis.
É mais fácil que sonhar você

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