
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Memórias
Tropeçando entre pedras e espinhos,
Dilacero sementes para passar o tempo.
Isso me remete ás velhas brincadeiras no quintal da minha casa.
Amanheço no dia que eu chorei tanto, que minha vó se comoveu
e me ninou no colo uma canção de esquecimento.
Com amor imenso, sem ornamentos.
Calou meu pranto.
Aquece minha memória.
Dilacero sementes para passar o tempo.
Isso me remete ás velhas brincadeiras no quintal da minha casa.
Amanheço no dia que eu chorei tanto, que minha vó se comoveu
e me ninou no colo uma canção de esquecimento.
Com amor imenso, sem ornamentos.
Calou meu pranto.
Aquece minha memória.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Receita para ser Singela
Repetir mil vezes
como nos versos de Adelia:
ser singela, ser singela, ser singela
Não embrutecer se as buganvílias não florirem
e não cairem teimosas sobre o muro do vizinho.
Ser singela, ser singela, ser singela
como os cachos dos cabelos da menina.
Ser singela, sem dor, meu bem.
E sem sono que atropelem as palavras
E sem lágrimas
que atrapalhem o nosso amor.
como nos versos de Adelia:
ser singela, ser singela, ser singela
Não embrutecer se as buganvílias não florirem
e não cairem teimosas sobre o muro do vizinho.
Ser singela, ser singela, ser singela
como os cachos dos cabelos da menina.
Ser singela, sem dor, meu bem.
E sem sono que atropelem as palavras
E sem lágrimas
que atrapalhem o nosso amor.
Meus fantasmas
Meus fantasmas
loucos e livres
vivem a revirar
o meu passado...
Porque não me deixam
ficar em paz?
loucos e livres
vivem a revirar
o meu passado...
Porque não me deixam
ficar em paz?
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Insônia
E assim vou vivendo
entre dias de contrafluxo
e diálogos nada amistosos
Frente a frente
tomo com as mãos
o meu destino
E confronto os desejos na superfície.
Estou presa a segredos infindáveis
Estou amarrada a verdades indizíveis
que quase não consigo dormir...
Nem mesmo contando carneirinhos...
entre dias de contrafluxo
e diálogos nada amistosos
Frente a frente
tomo com as mãos
o meu destino
E confronto os desejos na superfície.
Estou presa a segredos infindáveis
Estou amarrada a verdades indizíveis
que quase não consigo dormir...
Nem mesmo contando carneirinhos...
sábado, 16 de agosto de 2008
Sobre espelhos e encruzilhadas
Olho-me no espelho e não reconheço a mulher
Que um dia se vestiu de alegria e que tinha nos olhos o brilho do cristal.
Agora, os cabelos espessos, os olhos sem vida
A pele seca rastreia a chegada do tempo.
Os sonhos dilacerados,
Os dilemas sem medidas denunciam o que o espelho
não tem medo de esconder.
As rugas recentes aparentes enfeitam a carne fria.
Os olhos mortos me anunciam
que as encruzilhadas são desprovidas
de misericórdia.
As encruzilhadas estão paradas no mesmo lugar.
Tal qual os anjos da morte.Esperando-me.
O espelho e a mulher-realidade.
Uma mulher-mortalha, fúnebre como as tumbas dos reis mortos.
O espelho me mira, me acusa, me anuncia:
Sonhos, felicidades não fazem parte da minha vida.
Sou um pobre espectro sugando o passado.
Vivendo num mundo à parte, alheio, marginal.
Navegando em loucuras impostas pela minha mente reflexa
Em matizes de cores dos quadros que nunca pintei...
Alimentando-me de palavras esquecidas dos poemas que nunca compus.
Que um dia se vestiu de alegria e que tinha nos olhos o brilho do cristal.
Agora, os cabelos espessos, os olhos sem vida
A pele seca rastreia a chegada do tempo.
Os sonhos dilacerados,
Os dilemas sem medidas denunciam o que o espelho
não tem medo de esconder.
As rugas recentes aparentes enfeitam a carne fria.
Os olhos mortos me anunciam
que as encruzilhadas são desprovidas
de misericórdia.
As encruzilhadas estão paradas no mesmo lugar.
Tal qual os anjos da morte.Esperando-me.
O espelho e a mulher-realidade.
Uma mulher-mortalha, fúnebre como as tumbas dos reis mortos.
O espelho me mira, me acusa, me anuncia:
Sonhos, felicidades não fazem parte da minha vida.
Sou um pobre espectro sugando o passado.
Vivendo num mundo à parte, alheio, marginal.
Navegando em loucuras impostas pela minha mente reflexa
Em matizes de cores dos quadros que nunca pintei...
Alimentando-me de palavras esquecidas dos poemas que nunca compus.
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